terça-feira, 27 de outubro de 2009

A REFORMA RELIGIOSA

A Reforma Religiosa 31/10/1517

No dia 31 de Outubro o mundo cristão comemora com alegria a Reforma Protestante. Tal nome se dá devido a coragem de um servo de Deus que lendo a Palavra, e aplicando seus princípios de fé, resolver tomar uma atitude com relação a Igreja dominante na época, o sistema papal.
Tal atitude levou-o a relacionar teses que contrariavam princípios estabelecidos pelos “homens” e que contrariavam os princípios da Palavra de Deus como revelação divina dada aos homens para alcançar a salvação em Cristo Jesus.
Tal processo de “reformas religiosas” teve início no século XVI, quando o mundo exigia mudanças e se iniciava por toda a Europa ventos de mudanças, com relação ao mundo em que viviam. Podemos destacar como causas dessas reformas : abusos cometidos pela Igreja Católica e uma mudança na visão de mundo, fruto do pensamento renascentista.
A Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, perdendo sua identidade. Gastos com luxo e preocupações materiais estavam tirando o objetivo católico dos trilhos. Muitos elementos do clero estavam desrespeitando as regras religiosas, principalmente o que diz respeito ao celibato. Padres que mal sabiam rezar uma missa e comandar os rituais, deixavam a população insatisfeita.A burguesia comercial, em plena expansão no século XVI, estava cada vez mais inconformada, pois os clérigos católicos estavam condenando seu trabalho. O lucro e os juros, típicos de um capitalismo emergente, eram vistos como práticas condenáveis pelos religiosos.Por outro lado, o papa arrecadava dinheiro para a construção da basílica de São Pedro em Roma, com a venda das indulgências (venda do perdão).No campo político, os reis estavam descontentes com o papa, pois este interferia muito nos comandos que eram próprios da realeza.
O novo pensamento renascentista também fazia oposição aos preceitos da Igreja. O homem renascentista começava a ler mais e formar uma opinião cada vez mais crítica. Trabalhadores urbanos, com mais acesso a livros, começaram a discutir e a pensar sobre as coisas do mundo. Um pensamento baseado na ciência e na busca da verdade através de experiências e da razão. Era o iluminismo mostrando a que viera. Novos ventos sopravam sobre a terra.
A reforma de Lutero
Martinho Lutero, um monge alemão, foi um dos primeiros a contestar fortemente os dogmas da Igreja Católica. Motivado por razões espirituais, e certo de que caminhava na direção divina, afixou na porta da Igreja de Wittenberg as 95 teses que criticavam vários pontos da doutrina católica.Tais teses condenavam a venda de indulgências e propunha a fundação do luteranismo ( religião luterana ). De acordo com Lutero, a salvação do homem ocorria pelos atos praticados em vida e pela fé. Embora tenha sido contrário ao comércio, teve grande apoio dos reis e príncipes da época.Em suas teses, condenou o culto à imagens e revogou o celibato.
O biógrafo de João Calvino, o francês Bernard Cottret, escreveu: “Com o Concílio de Trento (1545) ... trata-se da racionalização e reforma da vida do clero. A Reforma Protestante é para ser entendida num sentido mais extenso; ela denomina a exortação ao regresso aos valores cristãos de cada indivíduo. Segundo Bernard Cottret, a Reforma cristã em toda sua diversidade, aparece centrada na teologia da salvação. A salvação, no cristianismo, é forçosamente algo individual, diz respeito aos indivíduo do que a comunidade, diferente da pregação católica que defende a salvação na Igreja.
A Reforma invadiu o mundo de então e abriu novos caminhos para homens de Deus apresentarem seus ideais de servir ao Senhor, iniciando-se assim um movimento renovado e com ideais divinos, onde a graça de Deus era o alvo principal. A graça divina, razão da salvação do homem, ganhou força e adeptos por todo o mundo com sua força transformadora.
Igrejas se estabeleceram, denominações nasceram, líderes se levantaram com ousadia pregando o amor e a graça divina.
Resultado da reforma, milhares de vidas alcançadas por Cristo e o Evangelho difundido por todo o mundo. Ganhou a Palavra de Deus, que como luz, brilhou na imensidão das trevas espirituais que pairavam sobre a terra.
Hoje, somos frutos dessa Reforma, desse ímpeto divino que invadiu o coração de Lutero, levando-o a contrapor-se aos princípios humanistas, para enaltecer o princípio divino da graça, do amor e do perdão.
Mas, infelizmente, a Igreja Evangélica Brasileira precisa de uma nova Reforma. Muitos daqueles que se dizem protestantes já não protestam mais. Muitos daqueles que se autodenominam evangélicos têm destruído com a verdade e caído na malha sedutora do pragmatismo e das falsas doutrinas. Doutrinas estranhas têm encontrado guarida no arraial evangélico. Novidades forjadas no laboratório do engano têm sido acolhidas com entusiasmo por muitos crentes. Floresce em nossa Pátria uma igreja que tem extensão, mas não profundidade. Cresce em números, mas não em maturidade. Tem influência política, mas não autoridade moral. Faz propaganda de um pretenso poder, mas transige com o pecado. (Revdo. Hernandes Lopes)
Deus seja louvado!
PR. Roberto Inácio
Assembléia de Deus Philadelfia Presidente do Instituto Bíblico Pentecostal

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